Histórico

No final da década de 1970, a Embrapa Semiárido começou a fazer experiências com diversos modelos de cisternas para água de chuva e barragens subterrâneas.

No começo dos anos 90, o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, outras organizações não-governamentais e comunidades eclesiais de base começaram a construir cisternas e perceberam que havia a necessidade de implementar programas educacionais estruturados para incentivar a convivência com o clima semiárido e um manejo adequado da água.

Neste período descobriu-se também que já pelo ano 1860 Padre José Antônio Ibiapina, missionário e um dos primeiros agentes de desenvolvimento do Semiárido, tinha construído as primeiras cisternas na história da captação de água de chuva no Semiárido, chamadas de “Casas d’Água”, na Paraíba (Figura 1, em: INSA, ABCMAC, Captação, Manejo e Uso de Água de Chuva, Campina Grande, PB, 2015, pg. 50).

Figura 1: Restos de uma Casa d’Água de Pe. Ibiapina, em Santa Fé, PB

A partir de 1993, o IRPAA começou a fazer intercâmbio internacional sobre sistemas de captação de água de chuva e, em 1997, junto com a Embrapa e o IRCSA (International Rainwater Catchment Systems Association), organizou o primeiro Simpósio Brasileiro de Captação de Água de Chuva, em Petrolina-PE, com tema “Captação de Água de Chuva: a base para a viabilidade do Semiárido”, contando com as experiências de várias organizações governamentais e não governamentais do Nordeste.

Em 1999, também em Petrolina – PE, aconteceu o 2º Simpósio e simultaneamente a este ocorreu a “9ª Conferência Internacional de Sistemas de Captação de Água de Chuva”, cujo tema foi a “Captação de Água de Chuva: uma resposta para a escassez de água no próximo milênio”.

A Conferência contou com 206 participantes inscritos, destes 50 participantes internacionais de 23 países, dos cinco continentes. Entre os brasileiros que vieram sobretudo do Nordeste, se encontravam pesquisadores, representantes de órgãos governamentais e não governamentais, técnicos, estudantes e agricultores.

O Dr. Adhityan Appan, de Singapura, Presidente da IRCSA, falou na palestra de abertura: “As tecnologias de sistemas de captação de água de chuva são tão antigas quanto as montanhas. O senso comum diz – como em todos os projetos de abastecimento de água – armazene a água (em tanques/reservatórios) durante a estação chuvosa para que ela possa ser usada quando mais se precisa dela, que é durante a estação seca. Em outras palavras: ‘Guarde-a para o dia da seca!’ As tecnologias, os métodos de construção, uso e manutenção, estão todos disponíveis. Além disso, o mais importante é que ainda existem muitos modelos que vêm de encontro as necessidades de países desenvolvidos e em desenvolvimento. O que mais precisamos, é de uma aceitação geral dessas tecnologias e de vontade política de pôr em prática esses sistemas”.

Nesta ocasião foi também a criação da ABCMAC, contando com participantes de órgãos dos governos, da academia e da sociedade civil.

Neste ano houve também durante a COP 3 (Conferência das Partes sobre o Combate à Desertificação) da ONU, no Recife-PE, a constituição da ASA – Articulação Semiárido Brasileiro que lançou o P1MC (Programa 1 Milhão de Cisternas), o qual contribuiu fortemente para a ampliação do acesso à água e promoção da cultura de uso da água de chuva no contexto da convivência com o Semiárido.

O 3º Simpósio foi realizado em 2001, em Campina Grande – PB, cujo tema foi a “Captação de Água de Chuva e Cultivos Apropriados ao Semiárido”, com ênfase no uso da água de chuva na agricultura, variedades resistentes à seca e exploração de frutíferas nativas.

Em 2003, na cidade de Juazeiro – BA, aconteceu o 4º Simpósio, que teve como tema a “Captação e Manejo de Água de Chuva: uma proposta sustentável para o combate à fome e para a melhoria da qualidade de vida”.

Nesta época começou-se a fazer experiências de captação de água de chuva para produção agrícola e dessedentação animal que mais tarde desencadeou no P1+2 (Programa 1 Terra e 2 Águas), seguindo a inspiração do P1-2-1 (Programa 1 Área de Captação, 2 Cisternas {para beber e produzir} e 1 Terra) da região semiárida da Província de Gansu, da China.

O 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Teresina-PI, no período de 11 a 14 de julho de 2005, com o tema “Captação e Manejo de Água de Chuva para a Sustentabilidade de Áreas Rurais e Urbanas – Tecnologias e Construção da Cidadania”.

O 6º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Belo Horizonte-MG, no período de 09 a 12 de julho de 2007, com o tema “Água de Chuva: Pesquisas, Políticas e Desenvolvimento Sustentável”.

O 7º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Caruaru-PE, no período de 28 de setembro a 02 de outubro de 2009, com o tema a “Captação e Manejo de Água de Chuva: Avanços e Desafios em um Ambiente de Mudanças”.

O 8º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Campina Grande-PB, no período de 14 a 17 de agosto de 2012, com o tema “Aproveitamento da Água de Chuva em diferentes setores e escalas: desafio da gestão integrada”.

O 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Feira de Santana-BA, no período de 12 a 14 de agosto de 2014, com o tema “Água de Chuva: Segurança Hídrica para o Século XXI”.

Em 2003, na cidade de Juazeiro – BA, aconteceu o 4º Simpósio, que teve como tema a “Captação e Manejo de Água de Chuva: uma proposta sustentável para o combate à fome e para a melhoria da qualidade de vida”.

Nesta época começou-se a fazer experiências de captação de água de chuva para produção agrícola e dessedentação animal que mais tarde desencadeou no P1+2 (Programa 1 Terra e 2 Águas), seguindo a inspiração do P1-2-1 (Programa 1 Área de Captação, 2 Cisternas {para beber e produzir} e 1 Terra) da região semiárida da Província de Gansu, da China.

O 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Teresina-PI, no período de 11 a 14 de julho de 2005, com o tema “Captação e Manejo de Água de Chuva para a Sustentabilidade de Áreas Rurais e Urbanas – Tecnologias e Construção da Cidadania”.

O 6º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Belo Horizonte-MG, no período de 09 a 12 de julho de 2007, com o tema “Água de Chuva: Pesquisas, Políticas e Desenvolvimento Sustentável”.

O 7º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Caruaru-PE, no período de 28 de setembro a 02 de outubro de 2009, com o tema a “Captação e Manejo de Água de Chuva: Avanços e Desafios em um Ambiente de Mudanças”.

O 8º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Campina Grande-PB, no período de 14 a 17 de agosto de 2012, com o tema “Aproveitamento da Água de Chuva em diferentes setores e escalas: desafio da gestão integrada”.

O 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Feira de Santana-BA, no período de 12 a 14 de agosto de 2014, com o tema “Água de Chuva: Segurança Hídrica para o Século XXI”.

O 10º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em Belém-PA, no período de 15 a 18 de novembro de 2016, com o tema “Desbloquear o Potencial do Aproveitamento da Água de Chuva para o Brasil”.

O 11º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu em João Pessoa-PB, no período de 11 a 14 de novembro de 2018, com o tema “Aproveitamento da Água de Chuva: um passo para a autonomia e resiliência hídrica no Brasil”. Neste simpósio participaram 318 pessoas presencialmente, entre elas pesquisadores, técnicos, professores, estudantes e produtores das mais diferentes regiões brasileiras em palestras, oficinas e sessões técnicas, sendo apresentados e discutidos diferentes temas, além de pesquisadores da Uganda e do México com expressivas contribuições por meio de suas experiências. Entre outras recomendações, o Simpósio ressalta que o planejamento e uso dos sistemas de captação de água de chuva devem ser parte de um plano integrado de gestão de recursos hídricos e de uso do solo, tomando como base às experiências existentes.

Veja recomendações deste simpósio: http://abcmac.org.br/simposios/

Em 2020 não aconteceu o simpósio bianual por causa da pandemia Covid-19.

O 12º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva ocorreu de forma híbrida presencial e virtual em Maceió-AL, no período de 14 a 17 de agosto de 2022, com o tema “Água de Chuva e Mudanças Climáticas: Desafios para o Desenvolvimento Sustentável”.

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